No oeste da Bahia e no Mato Grosso, a praga sequer esperou o bom estabelecimento das culturas e já tem atacado plantas recém-germinadas de soja irrigada, aumentando a preocupação dos agricultores, que reconhecem o potencial destrutivo da lagarta. “Até hoje eu não consigo mensurar as perdas com o ataque da helicoverpa armigera”, pontua o produtor rural do oeste da Bahia, Douglas Radoll, que ainda dribla os prejuízos decorrentes da praga. Nos dois estados, medidas de controle já estão sendo utilizadas pelos produtores.
Desde 2011/2012, quando a praga começou a ser percebida com maior protagonismo na cultura do algodão, os prejuízos acumulados na região oeste da Bahia ultrapassam a casa dos bilhões. As perdas são decorrentes tanto na redução da produção, uma vez que a Helicoverpa ataca as partes reprodutivas (flores e vagens nas culturas da soja e do feijão; flores e maçãs no algodoeiro e espigas no milho), quanto no custo operacional financeiro, com o uso mais intenso de inseticidas e máquinas.
PRODUTO BIOLÓGICO
O cenário que até então era aterrorizante, começou a ganhar outras perspectivas com a chegada do Hz-NPV CCAB, um inseticida biológico a base do vírus, sendo o único no mercado a apresentar duas estipes distintas e altamente virulentas de baculovírus de helicoverpa. O produto, hoje, registrado emergencialmente no Brasil pelo Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB) controla as lagartas da subfamília Heliothinae, que incluem a Helicoverpa spp. e a lagarta da maçã do algodão (Heliothis virescens). Utilizado com sucesso desde o ano passado, o vírus é a melhor opção de controle, conforme atestam os produtores rurais. “Antes trabalhávamos dia e noite com o pulverizador e agora temos certa tranquilidade com as infestações de Helicoverpa”, comenta Rony Reimann, agricultor de Luís Eduardo Magalhães/BA, recordando-se dos tempos em que somente havia inseticidas químicos para o controle da Helicoverpa. Somente na última safra, mais de 700.000 hectares foram tratados com o Hz-NPV CCAB em todo o país.
O alto índice de eficiência associado a uma baixíssima toxicidade, tanto para o ambiente quanto para organismos, vem se provando dia após dia como uma medida eficaz no controle da Helicoverpa, como garante o agricultor, Odacil Ranzi, também do oeste baiano. “Aplicamos o vírus na soja plantada em pivô nesta safra, após dois dias da aplicação já percebemos que as Helicoverpas já haviam parado de comer e a partir do quarto dia começaram a morrer. O produto é fantástico!”, comemora.
Segundo o produtor, Marconde Ferraz, os resultados em pivôs em V4 são de excelente eficiência já na primeira aplicação. “O Manejo proposto é utilizar o vírus no período vegetativo com aplicações noturnas, entrando com presença de lagartas pequenas até médias (monitoramento), e se necessário repetir a cada sete a oito dias. Com isso, mantém-se a população de inimigos naturais e a diminui a exposição das lagartas a diamidas”, explica Ferraz.
Para o engenheiro agrônomo, Celito Breda, consultor e produtor rural, atualmente, o controle biológico consolida-se como uma opção viável e eficiente para o combate às pragas da agricultura. “O vírus Hz-NPV CCAB tem se mostrado o carro chefe no resgate do controle biológico no Brasil, como ferramenta essencial, o produto vem sendo a locomotiva de todas as ferramentas biológicas do mercado brasileiro (que são poucas). Não há dúvidas quanto a sua eficácia!” atesta Breda.
Reconhecido internacionalmente, o Hz-NPV CCAB também apresenta resultados excepcionais em nível de campo e pesquisa em outras regiões produtoras do país. Em Campo Verde (MT) o agricultor, Alexandre Bottan vai para a segunda safra utilizando o vírus. “Testamos o produto na safra passada com ótimos resultados, este ano já começamos a nos deparar com o surgimento das primeiras lagartas aqui na região de Campo Verde e o vírus (Hz-NPV CCAB) realmente tem se mostrado uma ferramenta de controle imprescindível neste início de ciclo! É sem dúvida a melhor ferramenta de controle da Helicoverpa!”, destaca Bottan.
A eficiência do produto ainda anima os especialistas, que veem no produto uma ferramenta de Manejo de Resistência de Pragas. “Mesmo em lavouras Bt’s, principalmente no algodão Bt1,tem se mostrado necessário o seu uso, nestes casos podemos encarar o Hz-NPV CCAB tanto como ferramenta de controle efetivo como ferramenta de manejo da resistência das lagartas que eventualmente escapem da ação das proteínas Bt.”, explica Breda.
MANEJO
O Hz-NPV CCAB deve ser utilizado assim que for constatada a presença da praga na lavoura. A eficiência do produto não é reduzida pela baixa área foliar do início do cultivo. Quanto menor a lagarta no momento da aplicação, mais rápido e eficiente será a atuação do Hz-NPV CCAB, garantindo que essas lagartas produzam mais vírus, reinfestando a lavoura e inoculando o campo contra novas lagartas que venham a eclodir nos próximos dias, como atesta Douglas Radoll, que já tem experiência de mais de um ano de utilização do Hz-NPV CCAB: “uma vez constatada a praga o ideal é ir ‘vacinando’ a lavoura”.
Fonte: Ascom COOPERFARMES
Foto: Odair de Aguiar (arquivo)
No dia 16 de outubro será comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito – DICC Criado pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito em 1948 e comemorado sempre na terceira quinta-feira de outubro, o dia tem o objetivo de reforçar o papel desempenhado pelas cooperativas de crédito em todo o mundo, sendo também uma oportunidade de divulgar o trabalho desenvolvido por essas entidades e gerar uma reflexão sobre a sua importância e o seu papel na inclusão financeira. Este ano com o tema “Serviço local, bem global”, a ideia é enfatizar o impacto positivo desse setor em escala mundial.
Além das vantagens financeiras que oferecem aos seus associados, como tarifas e juros menores que os praticados pelos bancos privados, as cooperativas de crédito possuem uma importância social à medida que tendem a buscar o equilíbrio entre a situação econômica e a social, sendo reconhecidas como uma fórmula democrática para a solução de problemas socioeconômicos não apenas no Brasil, mas no mundo, como destaca o presidente do SICOOB Credmed em Salvador, Augusto Holmer. “Vivemos num cenário econômico mundial onde o crédito tem se tornado cada vez mais escasso. Nesse contexto, surge uma nova percepção sobre o cooperativismo de crédito que, sem dúvida, é uma força econômico-financeira de grande impacto social, pois democratiza o acesso ao crédito, beneficia a população de menor poder aquisitivo e proporciona aos seus associados vantagens em relação às demais instituições financeiras”.
Para Holmer, a celebração do Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito tem grande relevância por homenagear aqueles que se dedicam a este modelo de negócios, bem como quem trabalha nas cooperativas e contribuem para a inclusão financeira de milhões de pessoas. “Para nós que acreditamos e nos dedicamos ao movimento cooperativista, é uma data muito importante que destaca ainda mais a importância que o cooperativismo de crédito tem, além de possibilitar uma reflexão sobre como podemos avançar e nos desenvolver ainda mais”, conclui.
Atualmente, o cooperativismo de crédito congrega 208 milhões de pessoas em 103 países. No Brasil, até 31 de dezembro de 2013 existiam 1.154 cooperativas de crédito, atendendo a 6,5 milhões de associados. No contexto baiano, chegaram ao número de 39 atendendo mais de cem mil baianos em todo o Estado. O SICOOB que é um dos maiores sistemas, opera na Bahia com 14 cooperativas e uma central.
Sobre o SICOOB Credmed
O SICOOB Credmed é uma cooperativa de crédito existente há nove anos em Salvador, posicionada como uma instituição financeira que serve de apoio à realização dos projetos de crescimento pessoal, familiar e profissional de quem atua na área de saúde. Com mais de 1.500 associados entre pessoas físicas e jurídicas, o SICOOB Credmed disponibiliza a profissionais de nível superior da área de saúde e a parentes de primeiro ou segundo grau – e também a suas respectivas empresas como clínicas e laboratórios – recursos, produtos e serviços sob medida que fortalecem a saúde financeira de seus cooperados, já que os dividendos das operações da cooperativa são distribuídos ao final de cada ano, proporcionalmente àquilo que cada cooperado movimentou.
Fonte (Ascom Credmed)
A DGRV - Confederação Alemã
de Cooperativas e o Sicoob Sistema BA acabam de renovar o termo de cooperação que
apoia e fortalece o desenvolvimento das microfinanças no âmbito das
cooperativas de crédito do nosso estado.
Em vigor há seis anos, a
parceria visa implementar o uso de ferramentas tecnológicas para o fomento e
oferta agilizada de microcrédito, além de capacitação de agentes de crédito que
atuam nas cooperativas do sistema Sicoob na Bahia. E já apresenta resultados
significativos, pois muitas cooperativas reagiram bem ao incentivo para trabalharem
com o microcrédito e microfinanças, conheceram e estão pondo em prática metodologias
adequadas e passaram a realizar ações sistêmicas, ou seja, integradas à
rede de cooperativas Sicoob.
A renovação da parceria por
mais um ano foi assinada no último dia 31 de março, na sede do Sicoob em
Salvador, na presença do Chefe do Departamento internacional da Confederação
Alemã de Cooperativas, Dr. Paul Armbruster; do Diretor de Projeto da DGRV no
Brasil, Matthias Knoch; e dos diretores do Sicoob Central BA, Cergio Tecchio e
Alexsandro do Carmo. Na oportunidade, os dirigentes avaliaram como muito
positiva essa cooperação internacional, ressaltando os benefícios que tem
gerado para o cooperativismo na Bahia. De acordo com Cergio Tecchio, presidente
do Sicoob Bahia, "o mercado do microcrédito - cobiçado até por grupos
financeiros nacionais e internacionais - está na vocação do cooperativismo de
crédito, que deve ser preparar cada vez mais para atuar de forma eficiente e
profissional, levando o desenvolvimento ao cooperativismo da Bahia e do
Nordeste".
- Incentivar a ampliação da área irrigada e o aumento da produtividade em bases ambientalmente sustentáveis;
- Reduzir os riscos climáticos inerentes à atividade agropecuária, principalmente nas regiões sujeitas à baixa ou irregular distribuição de chuvas;
- Promover o desenvolvimento local e regional, com prioridade para as regiões com baixos indicadores sociais e econômicos;
- Concorrer para o aumento da competitividade do agronegócio brasileiro e para a geração de emprego e renda;
- Contribuir para o abastecimento do mercado interno de alimentos, de fibras e de energia renovável, bem como para a geração de excedentes agrícolas para exportação;
- Capacitar recursos humanos e fomentar a geração e transferência de tecnologias relacionadas à irrigação; e
- Incentivar projetos privados de irrigação, conforme definição em regulamento.
De acordo com o presidente do Sicoob Costa do Descobrimento, Antônio Moraes, depois que a cooperativa transformou-se em Livre Admissão, em 2009, as ações se estenderam para outras classes econômicas, a exemplo do comércio, indústria e profissionais liberais. "O comércio em Itamaraju se solidificou na Cidade Alta, desta forma, sentimos a necessidade de abrir um PAC com o objetivo de ampliar a ação da Cooperativa, dando maior assistência ao novo público", explica.
Além da cidade de Itamaraju, o Sicoob Costa do Descobrimento tem atuado nas cidades de Alcobaça, Prado e Itabela. Tendo como base os princípios cooperativistas, a organização oferece produtos e serviços às populações, em competitividade com as demais instituições financeiras. "Visamos não só o desenvolvimento econômico, mas também o social em toda a área de ação da Cooperativa e dos associados", ressalta Moraes.
De acordo com o presidente, faz parte do planejamento estratégico da Cooperativa, expandir a atuação na economia do município, visando principalmente os seguimentos de pessoas jurídicas e profissionais liberais.