Interação, integração e muita risada finalizaram o II Encontro de Mulheres Cooperativista
A apresentação das fisioterapeutas foi utilizada para animar a mulherada após um belo almoço oferecido no restaurante do hotel. Logo depois, três mulheres presidentes e dirigentes cooperativistas da Bahia apresentar suas histórias de superação e das cooperativas, e os desafios enfrentados em seus segmentos.
A primeira foi a presidente da Cooperativa Agropecuária de Gandu (COOPAG), Ana Paula Souza Silva, formada em zootecnia pela Universidade do Sudoeste da Bahia, que no início de sua fala abordou de mulheres que foram e são capazes de fazerem a diferença na sociedade e na cultura, tais como Irmã Dulce, Cleópatra, Anita Garibaldi, Laura Chinchilla - atual presidente da Costa Rica - e Dilma Rousseff - hoje presidente do Brasil.
"Hoje, nós somos mulheres inseridas no mercado de trabalho e no cooperativismo fazemos à diferença, entretanto, precisamos dar o melhor para o desenvolvimento coletivo" acrescentou Ana Paulo, ao realçar que a mulher vem vencendo as adversidades buscando integração.
Ana Paula falou ainda que as mulheres tem maior potencial para unirem-se em cooperativas, devido a terem mais flexibilidade, morosidade, percepção mais ponderada e calma. "Andamos devagar, mas nossos passos são mais seguros. O cooperativismo melhora nossa qualidade de vida, motiva e nos qualifica", finalizou.
"Sempre me achei capaz de fazer qualquer coisa e dessa forma somos capazes de conquistamos nossos sonhos", conta Ana Paula, ao acrescentar que contou com a ajuda OCEB e do SESCOOP para abrir seus horizontes a respeito do cooperativismo. A COOPAG é a única cooperativa de cacau da Bahia.
Após Ana Paula, foi a vez de Nereide Segala, presidente da Cooperativa Ser do Sertão, que fez uma palestra com o tema "Mulher presidente de cooperativas e os desafios enfrentados". Segala pontuou quatro principais obstáculos enfrentados "sou agricultora, mãe, empreendedora e o principal sou mulher em uma sociedade com divisões sexuais de trabalho".
Com uma palestra super descontraída, Nereide destacou em sua apresentação o crescimento e os prêmios da cooperativa Ser do Sertão desde a sua criação em 2008. Dentre eles, o Celso Furtado de Desenvolvimento Regional pelo projeto "Adapta, Sertão", eleito o melhor em alternativas de combate à seca.
"Prêmios como esse é uma grande alegria. Percebemos que temos capacidade de pensar e refletir. Mas ainda sinto muita falta de mulheres no cooperativismo. Nós mulheres fazemos a diferença no cooperativismo", pontuou Segala.
A terceira e última presidente a abordar sua carreira foi Gilvana Amorim, da Cooperativa Educacional de Eunapolis (COOEDUC), que iniciou sua apresentação parabenizando a OCEB e o SESCOOP/BA pelo II Encontro de Mulheres Cooperativistas.
Amorim, que também é professora de inglês, conta que no início de sua gestão em 2009 procurou o Sescoop/BA para sua profissionalização. "Cresci muito e digo para vocês procurarem mais o Sistema, ele pode nos ajudar muito".
Em sua palestra, Amorim mostrou a infraestrutura da escola, hoje segunda maior cooperativa educacional do estado. A respeito do cooperativismo ela enfatizou que "enquanto não vivemos cooperativismo e não seguimos a filosofia não iremos mudar o nosso meio, a sociedade em que estamos incluídos".
Após as apresentações das presidentes, foi à vez da Cooperativa Baiana de Teatro, grupo teatral de Salvador, apresentar o espetáculo "MPB – Música Popular Brasileira". Com muita criatividade, o espetáculo misturou música, interpretação e muita comédia para mostrar que as mulheres influenciaram na criação de várias composições.
Finalizando o evento, o presidente da OCEB e do SESCOOP/BA pontuou que as mulheres precisam integrar-se e que o cooperativismo pode contribuir muito para o crescimento social brasileiro e para a inclusão delas no mercado de trabalho. "As mulheres precisam ocupar mais espaço e o Sistema Cooperativo Baiano vem buscando e contribuindo para isso. Podem contar conosco".