Sistema Oceb prestigia 11º Festival do Umbu
Evento apresenta as riquezas produzidas por agricultores familiares da Caatinga
Entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, o Sistema Oceb esteve presente no 11º Festival Regional do Umbu, realizado em Uauá, município do nordeste baiano. Após seis anos, o evento, organizado pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá - Coopercuc, retornou trazendo a força produtiva do sertão da Bahia, com ênfase no umbuzeiro, espécie típica da caatinga, e que tem no seu fruto um dos principais produtos da sociobiodiversidade do bioma. Durante os três dias de festival, cooperativas da agricultura familiar, de crédito, associações, empreendimentos comerciais e entidades públicas e privadas puderam realizar a divulgação e comercialização de produtos e serviços em exposição.
O presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio explica a importância do cooperativismo no desenvolvimento regional. “A Coopercuc é um exemplo bem-sucedido de como o cooperativismo é uma solução economicamente e sustentavelmente viável para arranjos produtivos instalados em regiões do semiárido, tanto da Bahia, quanto de outros estados. A mobilização histórica de pequenos produtores rurais em torno das riquezas agropecuárias oriundas da Caatinga ganhou corpo com a estruturação da cooperativa que hoje leva a excelência do que é produzido pelo cooperativismo baiano para o Brasil e o exterior”, celebrou o dirigente cooperativista.
O engenheiro agrônomo do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia - Oceb, Jerffesson Silveira, atuou como representante da organização. “Mantivemos diálogo com as cooperativas presentes apresentando os serviços prestados pelo Sistema Oceb em nosso estado. Visitamos os estandes das cooperativas da agricultura familiar buscando cada vez mais essa proximidade para podermos apoiá-las no estímulo e no desenvolvimento dos seus negócios e mercados”, explicou.
A programação contou com painéis educativos abordando temas como enfrentamento das mudanças climáticas no semiárido, compras públicas via mercados institucionais, perspectivas da assistência técnica e extensão rural e protagonismo feminino no campo. Durante o festival, a Coopercuc recebeu o Selo Nacional da Agricultura Familiar (SENAF), concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA e que visa identificar produtos do segmento e ajudar na valorização e acesso com uma melhor organização e qualificação da produção e comercialização.
O trabalho e os resultados alcançados na última edição foram apontados pelo presidente da Coopercuc, Adilson Ribeiro.
“Diante de tudo que planejamos, as nossas expectativas foram superadas pela dimensão que tomou o 11º Festival do Umbu pela importância que ele tem para a agricultura familiar, na interação de todo mundo e toda a questão cultural que ele traz para dentro do evento. Fico muito feliz pelos negócios realizados e pela circulação do produto do município e de outros estados”.
Participando das atividades promovidas no 11º Festival do Umbu, Delson Oliveira, reforçou a importância e impacto da Coopercuc para as localidades onde atua. “Esse festival tem uma importância imensa não só por conseguir trazer outros grupos de produtores e produtoras da agricultura familiar, como também difundir como a Coopercuc trabalha, o que tem sido feito historicamente com a inclusão de jovens e mulheres e o que a cooperativa representa para a economia de Uauá. É um processo que vem de anos, e que os resultados são imensos. Considerando que se tem como carro chefe de produtos, o umbu e o maracujá da caatinga, isso demonstra o potencial da fruticultura nativa do sertão”, refletiu o consultor da área de gestão de organizações econômicas associativas e morador de Araripina no sertão pernambucano.
Festival do Umbu
O Festival do Umbu é realizado pela Coopercuc a cada dois anos em Uauá, como uma celebração à safra do fruto típico da região, contando com o apoio e envolvimento de entidades parceiras públicas e privadas.
A característica principal do festival é dar visibilidade aos produtos derivados do umbu e outras culturas como o maracujá da caatinga (orgânicos), além de outros gêneros agroecológicos.
Os potenciais produtivos da biodiversidade da Caatinga no âmbito do extrativismo sustentável e da agricultura familiar, a exposição e promoção dos respectivos produtos e as diversas manifestações artísticas e culturais da região, a exemplo da música, poesia, artesanato e artes plásticas são evidenciados durante os dias de realização.
Por Ascom Sistema Oceb com informações do engenheiro agrônomo, Jerffesson Silveira e da Coopercuc