Solidariedade rima com igualdade
No último sábado (04/07) foi comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo que neste ano teve como tema “Igualdade” e apresenta o cooperativismo como um instrumento de como podemos construir juntos um mundo melhor, pois, todos são donos, expandindo o conceito de propriedade e inclusão econômica; foi aberto a todos, seja qual for o gênero, credo, raça, opção política ou condição econômica; O poder de decisão está vinculado às pessoas e não ao capital; O acesso aos bens e serviços básicos de boa qualidade é igualitário e cada um participa de acordo com sua capacidade, garantindo oportunidade a todos. Estes são os propósitos das cooperativas e seus sócios.
Para comemorar a data, as cooperativas da Bahia se prepararam para celebrar e participar do “Dia C” (Dia de Cooperar 2015), que este ano foi realizado no dia 04 de julho de 2015, mesma data que a celebração nacional, que mobiliza centenas de cooperativas em todo o país. A Bahia, contou com diversas atividades, como: corridas, ginástica, caminhadas, orientações posturais, aula de zumba, espetáculo infantil, apresentação musical, apresentações culturais, orientações médicas e odontológicas, higiene e saúde da mulher, de idosos e crianças, nutrição, doação de produtos não perecíveis, agasalhos, ajuda a hospitais, prática de ciclismo, educação financeira e de uso da internet entre outras, coordenadas pelo Sistema Oceb.
Desta vez, além de buscar transformar ações isoladas das cooperativas locais em um vigoroso movimento de solidariedade cooperativista em nível nacional, o “Dia C” pretendeu divulgar para milhões de brasileiros o sistema cooperativista, cuja essência é a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, com equilíbrio de diversas forças sociais. Estamos cada vez mais convencidos de que o cooperativismo é a alternativa mais viável de transformação social de uma realidade em que a desigualdade e a injustiça social, infelizmente, crescem a cada dia.
O cooperativismo tem forte presença no cenário nacional e tem contribuído imensamente para o desenvolvimento econômico e a inclusão social. Só para dar um exemplo, no ramo agropecuário, 48% da produção agrícola do país passam, em algum estágio da cadeia produtiva, pelas mãos de cooperativas. No ramo crédito, as cooperativas ocupam a 6ª posição no mercado e no setor de saúde elas estão em mais de 80% das cidades brasileiras. Além disso, nas regiões nas quais o movimento cooperativista é mais forte, os indicadores sociais, como IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), são bem melhores. Na Bahia existem centenas de cooperativas organizadas, nas atividades: agropecuária, saúde, transporte, trabalho, educação, crédito, entre outras, que congregam centenas de milhares de pessoas sócias e milhares de empregos diretos.
No ano passado, o “Dia C” reuniu cerca de 65 mil voluntários de 900 cooperativas que se mobilizaram para ações de cidadania como consultas e orientações médicas e odontológicas, higiene pessoal, orientação nutricional, doação de sangue, doação de alimentos não perecíveis, fraldas infantis e geriátricas, doação de roupas, livros literários, visitas a asilos, orfanatos e creches, iniciativas culturais, esportivas, de lazer, meio ambiente e de educação. Em todos estes anos o “Dia C” procurou transformar ações cooperativas, que muitas vezes ocorriam de Norte a Sul do país, de forma isolada e por tempo determinado, em programas estruturados e permanentes de solidariedade das cooperativas, com ênfase no desenvolvimento social.
Estamos certos de que o “Dia C” é um marco na história do cooperativismo brasileiro. A maior visibilidade do movimento cooperativista certamente mostrará que existe um caminho exequível e já em curso para transformarmos o Brasil em um país muito mais próspero e, principalmente, muito mais justo e igualitário.
Por Cergio Tecchio, Presidente do Sistema Oceb